Para que o Grupo Petrobrás volte a ser 100% estatal.
Os
trabalhadores e trabalhadoras do Grupo Petrobrás realizaram um grande dia de mobilização nesta sexta-feira, 24, contra a
venda dos ativos do Petrobras, pela incorporação das subsidiárias e pela
reestatização da companhia. A única forma de defendermos as Empresas da
Petrobras das raposas do setor petrolífero mundial e dos seus agentes
nos governos é a luta direta.
Essa é uma das tarefas primordiais das categorias que representam esse
setor. Temos que mostrar à grande maioria dos fascistas do Congresso
Nacional e ao governo federal, representante da vez dos bancos e do
capital especulativo, que estamos unidos contra a privatização do
Sistema Petrobras, seja por meio da venda de ativos ou da privatização
direta de unidades. Além das privatizações de poços de exploração, agora
está anunciada a venda de gasodutos, venda de ativos da BR Distribuidora e venda da Liquigás Distribuidora.
O governo quer vender até 80% dos gasodutos da Petrobras, que são
operados pela Transportadora Associada de Gás (TAG). Vale ressaltar que
essa subsidiária da Petrobras tem patrimônio líquido de R$ 6,6 bilhões e
lucrou R$ 572 milhões em 2014. Ou seja, empresa mais que rentável, mas
que Bendine, vulgo Vendine, o representante do sistema bancário na
Petrobras, quer entregar para o mercado.
Essa onda de privataria petista sobre a Petrobras faz parte do
novo Plano de Gestão e Negócios (PGN) aprovado pelo Conselho de
Administração da Petrobrás para os próximos anos. O Plano estabelece a
venda de ativos da ordem de até R$ 57 bilhões. É a presidente Dilma
fazendo o que se comprometeu durante a campanha eleitoral a não fazer:
fatiar, fragmentar, privatizar, debilitar a Petrobras e se desfazer do
patrimônio do povo brasileiro. Ainda mais quando se sabe que as maiores
petroleiras do mundo são estatais ou tem grande participação do governo,
como nos casos da China (China Petrochemical/Sinopec e China National
Offshore Oil Corp/Cnooc), da Noruega (Statoil) e da Malásia (Petronas).
Além da venda de ativos, a companhia vai cortar investimentos. Ambas as
medidas podem provocar um caos trabalhistas para os milhares de
primeirizados e sucatear ainda mais a relação trabalhista dos empregados
terceirizados. A queda de investimento também afetará a economia
nacional porque a Petrobras estimula vários mercados, como: siderurgia e
metalurgia, e emprega milhares de trabalhadores e trabalhadoras.
Temos
que denunciar e combater mais essa ação neoliberal das grandes
corporações por meio das ações entreguistas do governo federal neste
momento de fragilidade política da companhia.
Fragilidade
política, não produtiva, pois a produção e refino vão bem, obrigado. Os
ataques sofridos pela companhia ocorrem por causa da corrupção dos
sucessivos governos e seus aliados na estrutura da empresa para
enriquecimento próprio ou do partido sanguessuga da ocasião (PSDB, PT,
PP, PMDB).
Convidamos a Classe Trabalhadora a conhecer os melindres bizarros que
estão tentando submeter às empresas da Petrobras e, combater a venda de
ativos.
· Não à venda de ativos do novo PGN!
· Pela incorporação das subsidiárias!
· Pela reestatização da Petrobras!