8 de março não é apenas o Dia
Internacional da Mulher! É o Dia que marca uma luta contra a opressão, contra a
injustiça, contra a violência!
Mais um Dia Internacional da Mulher está chegando.
Nós podemos comemorar avanços, mas também podemos constatar que as mudanças
estão chegando devagar demais. Esse texto poderia lembrar que a data foi criada
por um congresso socialista, em Paris, em homenagem a centenas de mulheres
assassinadas num incêndio criminoso, em Chicago. Elas reivindicavam direitos
trabalhistas.
Mas é ainda mais chocante constatar que hoje, a
cada 7 ou 5 minutos, conforme a metodologia dos estudos ou a região do país,
uma mulher é barbaramente agredida. E a violência não vem da rua! Na maioria
absoluta dos casos, parte de dentro de casa.
As mulheres são vítimas, quase sempre, dos próprios
maridos, namorados, companheiros de vida! A Lei Maria da Penha foi criada
justamente em homenagem a mulher agredida pelo marido dela, que a deixou paraplégica
com um tiro nas costas.
Então o que está acontecendo? Se todo mundo diz que
hoje a mulher tem os mesmos direitos, já pode trabalhar, votar... Aliás, o
direito da mulher ao voto acaba de completar 80 anos.
O que ocorre é que muitas pessoas que compõem nossa sociedade é hipocrita. Alimenta a
hipocrisia de que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher e de que
somos todos iguais. Não somos, não! As mulheres têm dupla jornada de trabalho,
recebem menos que os homens ocupando os mesmos postos no mercado de trabalho e muitas vezes são subjugadas pelo sexo. Quer um exemplo? Toda vez que uma mulher apanha na
televisão, numa novela, todo mundo diz: “ela mereceu! Por que não vai embora?
Por que não denuncia?”
Nenhum homem tem o direito de agredir uma mulher.
Nunca! Em situação nenhuma! E nenhuma mulher gosta de apanhar. O que ocorre é que
ela é fraca demais para revidar, pobre demais para se mudar, violentada demais
para reagir e abandonada demais para obter ajuda.
E essa violência também se reproduz no sexo. Na maioria das vezes as mulheres tem que estar sempre pronta para satisfazer o desejo sexual masculino. Caso ela se negue a bancar a "boneca inflável", o que o machismo reinante diz? Que a
culpa é dela do homem procurar outra na rua como se ela não fosse um ser humano
com direito a escolher.
Pense nisso da próxima vez que você pensar “ela
apanhou porque mereceu”!