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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Engarrafadoras de Gás - Negociação 2012/2013

Companheiros e Companheiras das Engarrafadoras de Gás

Nos dias 13 e 14/09 estivemos em São Paulo para segunda rodada de negociação com o setor patronal. No dia 13 a bancada patronal propôs: Reposição da inflação pelo INPC de 5,39% Reposição da inflação pelo INPC de 5,39% + 1% de aumento real nos pisos salariais. PLR 90% Cesta básica + cesta extra de R$ 300,00 cada ; Ticket Refeição de R$ 21,00; Filho Excepcional de R$ 700,00; Aux. Funeral R$ 3.200,00; Auxilio Brigada R$ 91,00; Auxilio creche R$ 265,00.

A bancada dos trabalhadores se reuniu e, depois de muito debate fizemos nova proposta:
  •   Reposição da inflação pelo ICV/Dieese de 6.17% mais aumento real de 6% aplicados em todos os índices econômicos.
  • Reforçamos que os trabalhadores jamais aceitarão PLR com índices menores do que já alcançados e só aceitaremos negociar PLR acima de 200%.
  • Para o piso único poderemos negociar o aumento progressivo a cada 6 meses.
A bancada patronal pediu tempo e depois de aproximadamente 2 horas retornou apenas com o coordenador da mesa e 1 representante patronal dizendo que não faria mais nenhuma proposta pois não tinha como avançar e que precisaria de vários dias de tempo para entrar em contato com a direção de cada empresa bem como com o presidente do Sindigas para tentar encontrar um numero que pudesse ser repassado pra nós e sugeriu qualquer dia da primeira semana de outubro.
A coordenação da mesa dos trabalhadores insistiu na retomada das negociações, utilizando o argumento que mesmo que as clausulas econômicas não avançassem precisaríamos discutir as clausulas sociais como, por exemplo, assédio moral; assistência médica; trabalho a céu aberto; processo de recrutamento interno; estabilidade à mulher quando retorna da licença gestante dentre outros, portanto, seria necessário o dia 14 para continuarmos os trabalhos.
A bancada patronal tentou resistir, mas em meios aos nossos argumentos concordaram em ficar na data seguinte.
Paralelo ao exaustivo debate, acontecia na empresa Liquigás do ABC um impasse entre os trabalhadores e a gerencia. Os trabalhadores haviam votado em não fazer hora extra até o termino das negociações e havia a intransigência do gerente em querer obrigar os empregados a executar a hora extra, transgredindo todo o processo democrático de decisão dos companheiros com ameaças e suspensão do diretor da base.
No dia 14 logo pela manhã, conforme havíamos acertado, a bancada dos trabalhadores estava aguardando o inicio dos trabalhos quando foi interpelada pelo coordenador da bancada patronal com o comunicado de que não iriam retomar as negociações, pois a base da Liquigás do ABC estava parada. Em seguida, o presidente do Sindicato dos trabalhadores do ABC trouxe a informação que os diretores estavam fazendo assembleia na porta da Liquigás para tentarem inutilizar a injusta suspensão do diretor e que o gerente da empresa trancou os trabalhadores para fora não permitindo que os mesmos voltassem ao trabalho.
A discussão tomou rumos contraditórios e depois de se apurar o que realmente estava acontecendo, o diretor da Liquigás determinou que fosse permitida a entrada dos companheiros na base. Retornamos a mesa de negociação. Debatemos por algumas horas e a bancada dos trabalhadores começou a perceber a possibilidade de que a nova empresa, que tenta negociar em conjunto com o sindicato patronal, e mais alguma Cia da bancada, estejam determinadas a atrapalhar os rumos das negociações de 2012. Estes representantes patronais não aceitam negociar PLR em valores justos e por isso estão tentando levar as negociações para o ralo, na tentativa de desestabilizar os trabalhadores para que ocorra um enfrentamento direto e a possibilidade de se instaurar um dissídio. Haja visto que durante todo o segundo semestre as denuncias de assédio moral tem aumentado substancialmente e a diretoria de varias entidades sindicais apuraram que o assédio diretamente com os diretores das bases tem sido recorrente inclusive com suspensão, advertência e perseguição velada aos companheiros. O coordenador da mesa patronal nega que isto esteja acontecendo, porém, diante do impasse e, em não avançarmos mais um milímetro nas negociações foi agendada nova data para os dias 04 e 05/10. AGORA MAIS DO QUE NUNCA PRECISAMOS ESTAR MOBILIZADOS E ATENTOS AS DENUNCIAS POIS NÃO ACEITAREMOS QUALQUER TIPO DE ASSÉDIO.

AGUARDEM NOVA ASSEMBLÉIA, POSTERIORMENTE INFORMAREMOS A DATA PARA NÃO HAVER INTERFERENCIA PATRONAL.

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