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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Patrões e governos apostam na criminalização da luta social



Polícia prende ilegalmente até padre e freira no Pará por apoiarem justiça social


O governo federal criou um barril de pólvora na região de Altamira no Pará para beneficiar grupos de construtoras e políticos interessados no lucro das obras de usinas hidrelétricas. A barragem do rio Xingu para a construção da usina de Belo Monte é uma obra inventada na época da Ditadura Militar, que afeta toda a população ribeirinha que depende das matas derrubadas, dos peixes que já quase não existem e da caça que fugiu dos estragos das obras.

Todas as populações ameaçadas e expulsas da região, que se revoltaram contra essa agressão violenta ao meio ambiente e ao sustento do povo que vivia as margens do rio Xingu, são tratados como criminosos pela polícia a mando do governo.

O povo que vive as margens do rio Xingu resiste à criação da usina há 23 anos. Os atingidos pela usina e os seus apoiadores realizaram um encontro na região chamado de Xingu+23 durante a Rio+20, entre os dias 13 e 16 de junho.

As empreiteiras entraram na justiça para tentar impedir o Encontro e criminalizar as líderes dos movimentos sociais. Agora 11 participantes do Xingu +23, entre eles um padre que rezou uma missa e abençoou o Encontro, uma freira, um pescador que teve sua casa destruída pelas empreiteiras poucos dias antes e um documentarista que apenas registrou o Encontro, estão sendo investigados e indiciados como criminosos.

Ainda existe o agravante de que as polícias civil e militar, em Altamira, são, em grande parte, “patrocinadas e financiadas pelas próprias empresas que constroem Belo Monte”, por conta de um termo de cooperação assinado com o governo do Pará. Querem acabar com o “Movimento Xingu Vivo para Sempre”.

O Estado brasileiro assumiu o papel de violador dos direitos constitucionais, humanos e a criminalização de manifestações públicas é uma herança maldita da Ditadura e é inaceitável que seja aplicada ainda hoje.

Exigimos a imediata anulação de todos os processos de criminalização da população do Xingu e seus apoiadores.


Reforma do Código Criminal

O governo começou a discutir agora a reforma do Código Criminal, mas quer colocar a criminalização dos movimentos sociais no pacotão. Com a desculpa de discutir a menoridade penal e outros pontos, os deputados e senadores querem acabar com o direito democrático às manifestações.

A intenção dos políticos é facilitar a exploração capitalista dos governos e patrões impedindo o povo de se manifestar. Quem se levantar contra a opressão será tratado como criminoso, o que já está acontecendo em várias partes do país, como na construção das usinas hidrelétricas de Roraima, do Pará e outras.

Contra o golpe ao direito de lutar! Reprimir é crime! Lutar é direito!

Governo quer meter a mão de novo na nossa aposentaria

O governo quer aproveitar o período eleitoral para fazer alterações no regime previdenciário. É claro que sempre que o governo mexe na Previdência é para meter a mão nos nossos direitos, conquistados ao longo de décadas de contribuição para o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

O Congresso quer aproveitar que daqui pra frente todo mundo só começa a falar em eleição para votar em agosto o fim do fator previdenciário, mas estipular uma idade mínima ainda maior para a aposentadoria. O fator previdenciário é um roubo inventado pelo governo FHC e mantido por Lula e Dilma para reduzir em até 30% o valor da aposentaria de cada trabalhador.

Com isso, o governo troca o roubo do fator previdenciário pelo aumento da idade mínima. É mais sacanagem e ataque aos nossos direitos. O que deve ser cortado é o auxílio-paletó, o auxílio-moradia, as verbas de gabinete tudo o mais dessa corja de políticos sujos, corruptos e exploradores que sugam o povo trabalhador.



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