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quinta-feira, 14 de junho de 2012

A classe trabalhadora sempre atacada e enganada

Prefeitura volta a atacar o transporte público de São José

Sem cobradores, o transporte piora e muito para a população

A prefeitura de São José voltou a atacar os trabalhadores do transporte público. A Secretaria de Transportes e as empresas de ônibus colocaram cinco linhas para operar sem cobrador desde 1º de junho. Os trabalhadores do transporte, o Sindicato dos Condutores e o povo joseense não aceitam essa patifaria da prefeitura para aumentar o lucro das empresas de ônibus de olho no patrocínio das suas campanhas eleitorais deste ano.

Mas aqui não! O povo da cidade já se uniu várias vezes aos trabalhadores do setor contra a tentativa de sucatear o transporte com a retirada do cobrador. Inúmeras vezes, já foram coletados abaixo-assinados com milhões de assinaturas contra essa medida.

A prefeitura quer obrigar o motorista a dirigir, cobrar, conferir o troco, dar assistência ao cadeirante, prestar informação ao usuário e enfrentar o trânsito sozinho. O tempo da viagem vai aumentar e a segurança do transporte vai diminuir ainda mais. Trânsito é coisa séria e perigosa! O acúmulo de funções impede que o motorista se fixe em suas atividades de direção, sobrecarregando o trabalhador, causando stress, aumentando as doenças ocupacionais etc.

E tem mais: a passagem não vai diminuir! Todo ano os patrões apresentam para a prefeitura a planilha de custo com o salário dos motoristas, cobradores e as despesas com os ônibus. Mas se os ônibus começam a operar sem cobrador quem vai lucrar com isso? Sem contar que os cobradores vão acabar no olho da rua. A prefeitura e as empresas mentem que todos serão transferidos para outros postos, mas os trabalhadores da categoria sabem muito bem que não existem outros postos para os cerca de 3.500 cobradores da região. Não iria demorar para começarem as demissões a conta gotas, aos pouquinhos.

Por isso, o Sindicato dos Condutores entrou na justiça para barrar esse ataque mais uma vez. Há audiência marcada para o dia 25 de junho. Sem cobrador, o transporte público de São José pode parar por culpa da prefeitura! Nós não podemos aceitar o risco de demissões de pais de família e a piora da qualidade do serviço para a população!

Chega de terceirização e precarização no serviço público!

A prestação dos serviços públicos para a população, como: saúde, educação, segurança, é obrigação dos governos federal, estaduais e municipais. A onda de terceirização abraçada pelas prefeituras de Jacareí, São José e outras cidades só sucateiam esses serviços e estraçalha o trabalhado dos servidores públicos.

O serviço público tem que ter as portas abertas para toda a população. Só que com a terceirização acabam os concursos públicos e as empresas terceirizadas contratam quem elas querem. Isso é um ataque ao serviço público porque enfraquece a função do servidor. Com isso, a saúde, por exemplo, vira um produto mercantilizado pelas empresas terceirizadas.

É isso o que acontece, hoje, no Hospital Municipal, em São José, e no hospital Clínicas Norte, que passou para o controle da Pró-Visão. A terceirização piorou os serviços e a população é obrigada a aguardar horas pelo atendimento e ainda a ouvir desaforos. Os pacientes são separados por critérios estúpidos de prioridade e são tratados com pouco caso.

É por isso que nós combatemos a terceirização do serviço público para valorizar os serviços prestados à população.

Governos enganam povos com Rio+20

Biodiversidade e manutenção das florestas nunca estiveram tão ameaçadas

Há 20 anos, os principais governos do mundo se reuniram no Rio de Janeiro para a Eco 92. Muito se discutiu, muitos discursos ensaiados foram pronunciados, mas quase nada de concreto mudou na condução das políticas econômicas que resultam no esgotamento dos recursos naturais. Da Eco 92 para cá, a única novidade com relação ao meio ambiente é o aquecimento global.

Agora um novo circo foi montado para a apresentação das lideranças mundiais da vez desfilarem pelo Rio de Janeiro e posarem de salvadores do mundo. O que será discutido não é a salvação do planeta. Serão apontadas apenas medidas para diminuir o ritmo da devastação ambiental que tem alterado o clima do planeta, interferido nas estações do ano, nas temperaturas máximas e mínimas registradas em todo o mundo ao longo do ano, prejudicado a agricultura, criado cheias e inundações frequentes em determinadas áreas, elevado a temperatura dos oceanos e prejudicado a reprodução das inúmeras espécies de peixe.

Os governantes que estarão na Rio+20 são representantes do mercado capitalista. Quem dita o ritmo da exploração dos trabalhadores e do esgotamento dos recursos ambientais são os capitalistas.

São eles que cada vez mais concentram a riqueza, produzem desigualdades sociais e agravam o sistema de produção e consumo atual. O discurso da Eco 92 de “desenvolvimento sustentável” do sistema capitalista de devastação se mostrou uma farsa. A onda agora é falar em “economia verde”, o que nada mais nada menos representa a economia ainda baseada em combustíveis fósseis e em balelas de supostas compensações ambientais pela emissão crescente de gases poluentes e desflorestamento.

E o evento ocorrerá no momento em que o governo Dilma trama destruir o Código Florestal brasileiro para abrir caminho para mais desmatamentos em favor dos interesses do agronegócio, da ampliação da monocultura. Sem contar as obras das usinas hidrelétricas de Roraima, que afetarão a forma e a vida dos povos da selva e a biodiversidade amazônica.

Assim, reiteramos a luta do povo brasileiro contra as obras danosas ao meio ambiente, contra a Reforma do Código Florestal e denunciamos a enganação capitalista com a Rio+20. Só a mudança de modelo econômico poderá, de fato, impedir a devastação ambiental para a expansão do capitalismo.

No país do mensalão, velha e nova elite política brigam pelo poder

O Brasil se tornou um caso emblemático de que tanto faz a sigla que se ostenta no peito ou a ideologia que se apregoa da cabeça, os fins justificam os meios. Por fins, entenda-se: tomar o poder. E os meios para isso são: corrupção, troca de favores, falso testemunho, caixa 2, superfaturamento de obras, falsificação de documentos, fraudes em licitações.

A velha elite, formada por PSDB, DEM, partidos aliados e a imprensa tradicional (revista Veja, O Globo) apontam e os crimes da nova elite como se não tivessem bebido nessa fonte. A nova elite, formada por PT, PMDB (sempre no poder), e setores da mídia comprados com anúncios governamentais aprendeu com a velha elite a burlar a lei, roubar, falsificar.

Dos crimes da velha elite ainda pesa o escândalo da compra de votos para a reeleição de FHC, as privatizações fraudadas com capital podre e o próprio mensalão, que começou em Minas Gerais com o tucano Eduardo Azeredo.

Dos crimes da nova elite política, pesa o aumento do custo dos políticos, a farra do boi com as passagens aéreas no Congresso, as fraudes para favorecer empreiteiras que financiaram o PT, como: a Delta, mensalão, o aprofundamento dos esquemas de corrupção, o fim definitivo da política para o povo em troca da política para o enriquecimento dos governos e aliados.

Nunca antes na história deste país a corrupção teve raízes tão profundas em todas as esferas da política. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes é suspeito de envolvimento com a máfia do bicheiro Carlinhos Cachoeira, além da venda de habeas corpus para o criminoso financeiro Daniel Dantas.

O ex-ministro da justiça Márcio Thomas Bastos defende o criminoso Carlinhos Cachoeira por R$ 15 milhões, dinheiro sujo da jogatina e outros crimes.

Lula corre para atrapalhar o julgamento do mensalão para livrar os seus comparsas da cadeia. E tanto Lula e Sarney, da nova elite, quanto FHC e Serra, da velha elite, enriqueceram toda a família metendo os parentes em negócios escusos com a máquina pública.

E muita podridão, corrupção e falcatruas jamais virão a público. Isso tudo é só a ponta do iceberg que nós conseguimos enxergar. A velha e a nova elite política nacional destruíram as instituições do país. Precisamos conscientizar o povo brasileiro para tomar as ruas como à época dos caras pintadas para exigir a prisão de todos os corruptos e alterar toda a estrutura política no país. Seja na eleição ou na luta direta, temos que mandar para a cadeia e, no mínimo, tirar do poder os representantes das elites que destruíram a política nacional em favor do próprio enriquecimento e do controle absoluto dos governos federal, estaduais e municipais.

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