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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Alimentos respondem pela alta de preços


Em agosto, o índice do custo de vida no município de São Paulo teve alta de 0,39%, pressionado pelos preços dos alimentos, segundo cálculo do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. A taxa de agosto foi ligeiramente inferior (-0,05 ponto percentual – pp) à apurada para julho, quando o ICV-DIEESE ficou em 0,44%.
Os grupos que mais colaboraram com o aumento da inflação foram: Alimentação (1,17%), Transporte (0,21%) e Despesas Pessoais (0,55%), que juntos contribuíram com 0,38 pp no cálculo do índice de agosto. Os demais grupos apresentaram variações pequenas, não alterando significativamente o cálculo da taxa deste mês.
As taxas dos subgrupos da Alimentação (1,17%) foram distintas, com alta de 1,95%, para os produtos in natura e semielaborados; de 0,65%, para os produtos da indústria alimentícia e 0,42%, para alimentação fora do domicílio. Nos produtos in natura e semielaborados, a desagregação dos itens revela comportamentos diferenciados.
No subgrupo referente à indústria da alimentação (0,65%), as taxas dos itens foram pequenas, merecendo destaque as altas nos preços do açúcar (4,58%) e do café em pó (2,22%). Na alimentação fora do domicílio (0,42%) as variações dos itens foram: 0,53%, para a refeição principal e 0,27%, para os lanches.
A alta no Transporte (0,21%) ocorreu nos dois subgrupos: individual (0,21%) e coletivo (0,23%). Este último foi consequência do reajuste na tarifa dos ônibus interestaduais, da ordem de 5,50%, ocorrido em meados de agosto.
Nas Despesas Pessoais (0,55%), os aumentos ocorreram, principalmente, nos produtos e serviços de higiene e beleza (1,00%), pois o subgrupo fumo e acessórios (0,01%) ficou com valores estáveis.
Os grupos Saúde (-0,21%) e Recreação (-0,40%) tiveram queda em praticamente todos os subgrupos, exceção à assistência médica (0,01%), com taxa próxima a zero.
Índices por estrato de renda
Além do índice geral, o DIEESE calcula mais três indicadores de inflação, segundo tercis da renda das famílias paulistanas . Em agosto, as taxas foram positivas para todos os estratos, e maior para as famílias de menor poder aquisitivo: 0,49%, para o estrato 1; 0,43%, para o 2 e 0,34%, para o 3. As variações deste mês, em relação às de julho, apontaram aumentos para os dois primeiros estratos e queda para o terceiro, com as seguintes diferenças: 0,31 pp no 1º estrado; 0,12 pp, no 2º e -0,21 pp, no 3º.
Inflação acumulada
A inflação acumulada pelo ICV geral, nos últimos 12 meses – entre setembro de 2010 e agosto último -, é de 7,29% e as variações crescem com o aumento do nível de rendimento das famílias: para o estrato 1, a taxa ficou em 7,11%; no estrato 2 foi de 7,18% e no 3 atingiu 7,37%. Este ano - de janeiro a agosto – a variação acumulada corresponde a 3,98%, também mostrando crescimento à medida que aumenta o poder aquisitivo: 3,35% para o estrato 1, 3,53%, para o 2 e 4,33%, para o 3.
Comportamento dos preços em 2011
Entre os dez grupos que compõem o ICV, cinco grupos registram elevações superiores ao índice geral, de 3,98%: Transporte (6,93%), Educação e Leitura (5,76%), Despesas Pessoais (4,76%), Saúde (4,66%) e Despesas Diversas (4,09%); variações abaixo da inflação foram verificadas para os grupos: Alimentação (3,26%), Habitação (2,93%), Vestuário (1,80%), Recreação (0,97%) e Equipamento Doméstico (-1,68%).

Leia aqui o relatório completo do ICV-DIEESE de agosto
* No estrato 1 estão incluídas as famílias com renda média de R$ 377,49; o 2 engloba aquelas com rendimento médio de R$ 934,17 e no 3, aquelas que ganham em média R$ 2.792,90 , em valores de junho de 1996.

Fonte: DIEESE clique: www.dieese.org.br


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