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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A Guerra Cambial e seus reflexos na Classe Trabalhadora

Acontece hoje e amanhã dia 12 de novembro/10 em Seul, na Coréia do Sul o encontro da Cúpula do G20, os países mais industrializados do mundo.
No encontro será discutido principalmente a desvalorização do dólar.

O texto abaixo tem a intenção de explicar ao leitor como a guerra cambial envolve a economia mundial e é possível avaliar quais os prejuízos para a Classe Trabalhadora

Entenda a Guerra Cambial:

Os EUA estão em crise: Há anos importam mais do que exportam, e o governo gasta mais do que arrecada. As Guerras no Iraque e o Afeganistão contribuem para isso. A situação piorou com a crise global de 2008.

Os juros nos EUA estão muito baixos. O governo fez isso para tentar animar a economia. Com juros baixos, as pessoas consomem mais e as empresas investem e contratam.

Mas os juros baixos afastaram os investidores internacionais, que preferem aplicar em países emergentes com taxas mais altas, como o Brasil.

Isso tem feito as moedas dos países emergentes, como o real, valorizarem-se, porque, com a grande oferta de dólares, a cotação da moeda americana cai.

Como os EUA querem exportar mais, para eles a desvalorização do dólar é positiva - seus produtos ficam mais baratos e o país consegue vender mais no exterior.

Essa situação cria a chamada “guerra cambial”. Os países emergentes não querem que suas moedas valorizem muito, porque isso afeta a industrial nacional, tanto para exportação quanto no mercado interno. Um real valorizado e um dólar em baixa são bons para quem vai viajar ao exterior ou comprar produtos importados, mas prejudica as empresas, o emprego e a economia do país em geral.

No consumo interno, o prejuízo acontece, por exemplo, quando alguém compra um tênis chinês porque está mais barato que um brasileiro. Com as exportações, o problema ocorre porque, com o real valorizado, um tênis brasileiro passa a custar mais em dólar (o custo dele em reais não varia: se custa R$ 100, com o dólar baixo, são necessários mais dólares para “comprar” R$ 100).

A China é um dos vilões do desequilíbrio global entre importação e exportação. O governo matem o Yuan artificialmente baixo, os produtos ficam baratos e o país exporta muito.

Para diminuir a entrada de dólar no Brasil, o governo adotou medidas como o aumento de imposto para investimentos estrangeiros em algumas aplicações
Fonte: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2010/11/10/entenda-a-guerra-cambial.jhtm

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